Em uma empresa, pessoas com personalidades e estilos de trabalho diferentes precisam conviver e trabalhar em equipe, o que, inevitavelmente, gera conflitos. Por isso, é fundamental que as lideranças estejam atentas às melhores estratégias de gestão de conflitos.
O capital humano é prioridade para que elas possam atingir seus objetivos com excelência. Dessa forma, é essencial saber lidar e gerenciar essas situações, evitando que elas afetem as relações de trabalho e, consequentemente, a produtividade.
Os conflitos, até um certo nível, são normais no ambiente de trabalho. No entanto, uma gestão de conflitos eficiente impedirá a desarmonização do clima organizacional e a desintegração entre as pessoas e as equipes.
Para garantir um bom clima e manter a produtividade em alta, é fundamental que os gestores e o RH disponham de boas estratégias de gestão de conflitos. Neste artigo, separamos 7 dicas para prevenir e sanar qualquer desentendimento. Confira!
O que é gestão de conflitos?
Os conflitos organizacionais são resultados de grandes divergências de opiniões e perspectivas, que acabam por gerar descontentamento e afetar a qualidade da relação entre os profissionais.
É saudável que colaboradores apresentem diversas opiniões e que discordem entre si para achar uma solução viável para determinado problema – no entanto, quando as discordâncias afetam a produtividade, é essencial acabar com os focos de problema.
A gestão de conflitos tem por finalidade equilibrar o nível de desavenças na organização, garantindo que ocorram discussões saudáveis e que auxiliem o sucesso da empresa.
Gestão de conflitos é a capacidade de administrar confrontos entre indivíduos, grupos e organizações presentes dentro de uma empresa.
Sabendo como gerir conflitos, é possível trazer benefícios de situações que, em um primeiro momento, poderiam gerar desgaste e afetar o clima organizacional.
As principais causas de conflitos nas organizações
De acordo com o administrador Ernesto Artur Berg, conflito basicamente significa o choque entre duas forças divergentes, ou seja, o conflito é tido como duas pessoas – ou ideias – não compatíveis entre si.
O gestor Idalberto Chiavenato aponta que o conflito se dá pela diferença de objetivos e interesses particulares.
Os conflitos organizacionais podem ter diferentes causas, sendo elas emocionais e profissionais. Entre as causas emocionais, podemos citar:
- Diferenças de personalidade;
- Divergência de valores;
- Interferências de status;
No dia a dia do trabalho, as principais causas de conflitos, são:
- Objetivos e metas diferentes;
- Disputa por recurso;
- Existência de atividades interdependentes no trabalho;
- Diferenças de informação e percepção.
O que uma boa gestão de conflitos deve envolver?
Acompanhar o clima organizacional e o relacionamento entre as pessoas é responsabilidade constante do empreendedor, independentemente do porte de seu negócio e do ramo de atuação.
Para que a gestão de conflitos seja eficiente, as ações devem apresentar resultados consistentes no clima organizacional. Dessa forma, a gestão de conflitos deve:
- Criar uma atmosfera positiva;
- Esclarecer as percepções dos colaboradores;
- Focalizar em necessidades individuais e compartilhadas;
- Construir um poder compartilhado;
- Gerar opções;
- Desenvolver degraus para a ação;
- Estabelecer acordos de benefícios mútuos
7 passos para promover uma gestão de conflitos eficiente
Agora que você já sabe o que é a gestão de conflitos e o que essa ação deve envolver quando aplicada nas empresas, separamos 7 dicas práticas para promover a gestão de conflitos.
1. Conheça a sua equipe
Cada pessoa tem uma personalidade própria. Para que seja possível administrar conflitos, é necessário conhecer bem seus colaboradores.
Aproxime-se dele, tomando conhecimento sobre suas expectativas, seus desejos e seus gostos pessoais.
Quanto mais sinceros o RH e gestor são com os colaboradores, mais próximos eles ficam das lideranças. Isso se transforma em confiança mútua e é capaz de auxiliar na administração de recursos humanos.
2. Diálogo e empatia
Muitos conflitos surgem em decorrência da falta de empatia entre os colaboradores.
O gestor é a pessoa que deve demonstrar empatia em primeiro lugar e incentivar esse posicionamento através do exemplo. Quando perceber que um colega está reclamando do outro, mostre a ele através da empatia que a situação na prática pode ser diferente daquela que ele imagina.
Se a falta de empatia for recorrente considere fazer um job rotation de curta duração para que os colaboradores possam entender melhor uns as funções dos outros.
A comunicação é importante em todos os momentos e essencial para evitar conflitos e falhas de informação! Por isso, é essencial:
- Registrar informações relevantes através de e-mails;
- Manter atas das reuniões;
- Quando uma tarefa tiver que ser delegada, agendar uma reunião rápida para esclarecer todos os detalhes;
- Incentivar os funcionários a esclarecerem suas dúvidas.
3. Cultura do feedback
Muitas empresas tomam decisões sem ouvir o que os seus colaboradores têm a questionar e dizer.
Isso resulta em uma equipe insatisfeita, uma vez que os profissionais se sentem ignorados sem um posicionamento claro e oficial por parte das lideranças.
A empresa pode realizar reuniões periódicas com cada membro da equipe, a fim de coletar feedbacks e ficar atento a todos os seus sinais de insatisfação.
4. Avaliação de desempenho
A avaliação de desempenho é a pesquisa pela qual o gestor avalia departamentos, equipes e o trabalho individual de cada funcionário.
Essa ferramenta é muito necessária, pois proporciona ao RH uma visão ampla do que está acontecendo na empresa como um todo, e em quais setores se encontram os maiores problemas de relacionamento e quais suas razões.
Após a aplicação e tabulação da avaliação de desempenho, é fundamental oferecer feedback aos membros, conversar sobre os resultados apresentados e promover grupos focais para encontrar soluções conjuntas.
5. Treinamento e desenvolvimento
Com o passar do tempo, a tecnologia e os sistemas de trabalho mudam e, muitas vezes, as empresas não acompanham as mudanças.
Isso gera desmotivação e descontentamento por parte dos colaboradores, que, às vezes. são submetidos a processos e recursos limitados.
Nesse cenário, os gestores devem atentar-se a investir em tecnologias que aumentem a qualidade e a produtividade, sem se esquecer das pessoas.
Promova treinamentos para capacitar os profissionais a realizar novas tarefas e lidar com novas tecnologias.
6. Ações de motivação
Elogie as pessoas que mantêm um bom relacionamento com os outros e que desempenham suas tarefas com satisfação.
Para motivar ainda mais o seu time, procure fazer confraternizações nas datas importantes, faça uma boa gestão de benefícios e ofereça brindes e prêmios diante de conquistas e metas batidas.
7. Gestão horizontalizada
Todas as empresas, independentemente de seu tamanho, possuem uma hierarquia. Isso normal e necessário, afinal, cada colaborador têm as suas habilidades, níveis de estudo e de experiência distintos.
No entanto, é muito recorrente o caso de empresas que trabalham com uma gestão vertical e nas quais as lideranças tratam os colaboradores com autoritarismo – muitas vezes, sem perceber.
Transforme hierarquia vertical em uma gestão horizontal, na qual o diálogo é mais aberto entre os colaboradores de diferentes níveis, tornando a interação mais satisfatória e a comunicação mais fluida.
A gestão de conflitos é uma atitude essencial para garantir a manutenção do clima da empresa e, consequentemente, a harmonia do trabalho coletivo e o alcance da estratégia organizacional.
Esperamos que, com esse artigo, você tenha entendido a importância da gestão de conflitos na sua empresa! Se ainda restam dúvidas quanto à aplicação, procure suporte. Nós podemos te ajudar com o serviço de Assessoria e Consultoria em Recursos Humanos. Solicite um orçamento!